terça-feira, 28 de setembro de 2010

Descobertas do pré-sal são marco da geologia nacional

O assunto foi tema de conferência, em Belém, no 45º Congresso Brasileiro de Geologia.
A descoberta da camada de pré-sal no Brasil é considerada umas das maiores da Geologia na atualidade. É o que acredita o gerente de Exploração e Produção Norte-Nordeste da Patrobras, Christovam Penteado, que proferiu a conferência “Pré-Sal: Contribuição das Geociências para o Desenvolvimento Nacional”, ontem, dia 28, na programação do 45º Congresso Brasileiro de Geologia - “Desenvolvimento e Mudanças Globais: a Importância das Geociências, que acontece até o dia 1º no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia. “A qualidade de vida de um povo está diretamente ligada ao consumo de energia e por isso é que o pré-sal é um marco divisor de águas no Brasil. Graças a essa descoberta, poderemos gerar mais riqueza para o país e seus cidadãos”, afirma Penteado, informando que a Petrobras investiu R$ 22 bilhões  em prospecção e exploração da camada.
Penteado explicou que o pré-sal é um pacote de rochas, de composição carbonática, que ocorre sob a camada espessa de sal, na porção distal das bacias de Santos e Campos. O pré-sal começa no Espírito Santo e estende-se ao litoral paulista, em Santos. “Acredito ainda que há pré-sal no Nordeste”, acredita Penteado. Na ocasião, comparou a descoberta do pré-sal aos ciclos que marcaram a história do Brasil, como o boom do café, cana-de-açúcar, pau-brasil, borracha. “Foram esses que determinaram as políticas públicas no Brasil. Algumas muito boas, outras, nefastas”, comentou.
A geração de riquezas para o país por meio da exploração do pré-sal, acredita Penteado, é resultado de um histórico de pesquisas científicas na área. A prospecção, exploração e produção de petróleo antecede à criação da Petrobras, que ganhou impulso com o movimento ‘O Petróleo é Nosso’, em 1948, quando da descoberta das primeiras reservas de petróleo na Bahia. “Em quase 60 anos de existência, a Petrobras que produzia, quando de sua criação, 15 milhões de barris de petróleo/ano, hoje produz 15 bilhões de barris”, afirma Penteado.
Mudanças globais - As conferências são uma das programações mais aguardadas na programação do 45º CBG. Nesta quarta-feira, dia 29, o público terá a oportunidade de ouvir uma das maiores autoridades das geociências: Umberto Giuseppe Cordani, do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), atualmente considerado um dos principais pesquisadores em atividade
na área de Geologia, com reconhecimento internacional. Cordani falará sobre o tema “História Geológica da Terra: sua origem e evolução primitiva, a dança dos continentes e a dinâmica atual do planeta”, que promete polêmica pelas teorias que circundam o aquecimento global, a partir da análise da formação do planeta. A conferência iniciará às 11h40, no Salão principal do 45º CBG.
Mineração na Amazônia – Considerando que a mineração é responsável por 85% das exportações paraenses, segundo dados da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), a mesa-redonda “A mineração na Amazônia e os impactos econômicos, sociais e ambientais”, promete reunir centenas de pessoas nesta quarta-feira, dia 28. O coordenador da mesa será o representante da Brasil Mineral, Francisco Alves, para debater o tema com Paulo Camillo Penna, do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM); Marcelo Pinto, da Kalamazon, empresa de estudos geológicos; Maurílio Monteiro, Secretário de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, e João Carlos Henriques, gerente na Vale.

Serviço:
O 45º CBG, com tema Desenvolvimento e Mudanças Globais: a Importância das Geociências”, acontecerá no período de 26 de setembro a 1º de outubro de 2010, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.   As inscrições serão feitas até o dia 26 de setembro, primeiro dia de programação, na Secretaria do Evento, no Hangar. Mais informações, e programação completa, no site oficial: http://www.45cbg.com.br/
Acesse a programação geral no site oficial.

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